Em nota, Casaca relembra erros de arbitragem recentes contra o Vasco

Sexta-feira, 12/02/2016 - 07:40
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Falta de memória

Com tanta gente que realmente gosta do Vasco, que conhece o Vasco, a história do Vasco, disposta a explanar, argumentar e comprovar a verdade que a mídia convencional finge não ver, prefere não ver e busca distorcer, ainda há espaço para torcedores do clube usarem o nome do Vasco, misturando suas convicções políticas ou questões pessoais com dirigentes acima dos interesses do Vasco e, primordialmente, da verdade dos fatos.

No Campeonato Estadual de 2016, o Flamengo foi beneficiado na segunda rodada, contra o Macaé, diante da não marcação de um pênalti quando o placar era de 1 x 0 a seu favor, aos 21 minutos do 2º tempo. Praticamente nada se falou a respeito disso.

Na terceira rodada do Estadual, num lance em que até agora, com várias câmeras não dá para cravar que a bola não tocou no braço do atleta do Volta Redonda, após tocar na barriga do mesmo e sem que uma câmera na posição do bandeira possa matar de vez a questão, embora a social toda daquele lado tenha visto, gritado, cobrado e enfatizado ter havido pênalti na jogada, o jornal Extra, do Rio De Janeiro, usou sua capa, a matéria em si para falar por três vezes da inexistência da penalidade, ainda duvidosa.

Supostamente, alguém vestido de Vasco vai defender o Vasco nesses casos. Para isso servem os blogs de torcedores, que vestem a camisa de veículos midiáticos convencionais, supõem-se.

Mas quem não sabe, não conhece, não tem noção, não tem capacidade, não tem enfim, condição, de enxergar o Vasco acima das suas questões pessoais com A ou B, até na hora de falar teoricamente para favorecer o Vasco, joga contra o Vasco, mas agrada os anti-Vasco e afins.

Ora, um cidadão de nome Bruno Guedes usa um espaço da ESPN para falar que não é bem assim a história dos pênaltis para o Vasco este ano. Usa um parágrafo inteiro para dizer o contrário, citando lances de 2014 e 2010 nos quais Eurico também tinha influência na FFERJ. Emenda ainda lances do Brasileirão de 2011, competições da CBF, induzindo o que? Que a influência de Eurico não é só na FFERJ, mas também no quadro de árbitros cariocas?

Por que a referência em relação a Eurico não é historiada levando-se em conta os anos de 1986, 1987, 1988, 1990, 1992, 1993, 1994, 1996, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2015? Em todos os anos citados o Vasco teve prejuízos de arbitragem em momentos cruciais, várias vezes perdendo títulos, turnos, jogos decisivos, a oportunidade de vencer um Campeonato Carioca invicto, entre outros danos.

O citado “defensor” do Vasco, papel que tenta passar no texto, não suporta falar de todos os prejuízos sofridos pelo Vasco no ano passado, em pleno Campeonato Carioca? Qual o motivo? Não tem essa memória?

Afinal, houve um gol mal anulado aos 46 minutos do jogo com o Barra Mansa a favor do Vasco em partida na qual empatamos por 1 x 1?

Afinal houve pênalti em Gilberto contra o Fluminense na Taça GB do ano passado, ignorado pela arbitragem no primeiro tempo?

Houve pênalti sobre Gilberto no primeiro tempo e sobre Madson no segundo, contra o Botafogo no empate em 1 x 1, ano passado?

Houve dois gols ilegais marcados pelo Friburguense contra o Vasco na vitória de 5 x 4? Naquele mesmo jogo algum dos três pênaltis marcados a favor do Vasco não ocorreu (lembrando que o Vasco converteu dois dos três)?

Na primeira partida semifinal entre Vasco x Flamengo (0 x 0), o chute do Jonas na cara do Gilberto aos 10 minutos de jogo não era lance de expulsão? Houve alguém que defendesse o contrário para além do árbitro?

Na segunda partida semifinal contra o Flamengo a bola cabeceada pelo Rafael Silva, que o goleiro Paulo Vitor deixou passar por entre as suas pernas, entrou ou não entrou? O pênalti no Serginho, parecidíssimo com o marcado sobre o Juan a favor do Flamengo, contra o Botafogo, na decisão de 2009, não foi pênalti?

No segundo jogo da decisão contra o Botafogo, o gol de empate alvinegro marcado em lance de mesma linha mostrava alguma armação a favor do Vasco ou comprovava que todo o discurso midiático beirava o insano?

Mas certamente os rubro-negros que o cercam o farão se lembrar do pênalti mal marcado contra o Bonsucesso. Isso sim foi um absurdo. O resto passa.

Por que não se buscou lembrar de barbaridades feitas pelo apito contra o Vasco no Campeonato Brasileiro (já que foram relembrados lances de 2011), ocorridos no ano passado e também os da Copa do Brasil?

No Brasileiro fomos garfados contra Internacional-RS, Sport, Goiás, Atlético-MG, Atlético-PR, Cruzeiro, Sport (de novo), Avaí, Chapecoense, São Paulo e Coritiba, nos tomaram 14 pontos em função disso e nada é lembrado?

Ah, mas fomos favorecidos contra o Figueirense no returno, em partida que por sinal perdemos.

Na Copa do Brasil tivemos dois erros capitais na primeira partida contra o Flamengo. Um contra o Vasco e outro a favor, mas o absurdo gol validado pelo Flamengo no segundo jogo não chama a atenção? Já foi esquecido? Esquecidos também foram os erros da primeira partida contra o São Paulo nas quartas-de-final?

O Vasco foi roubado no ano de 2010, em partida que poderia ter levado à disputa de pênaltis a decisão da vaga para a final da Taça Rio; foi roubado em 2014 com um gol que nos tirou o título já nos descontos na decisão contra o Flamengo. Fato. Mas na memória seletiva nada é lembrado em relação a 2008, 2005, 2004, 2003, 2001, 2000, 1999, 1996, 1994, 1993, 1992, 1990, 1988, 1987, 1986? Ora, em todos os anos o Vasco mandava na FFERJ segundo os entendidos da mídia convencional. Por que tantos prejuízos ao Vasco?

Já passou da hora desta verdade vir à tona, desta fantasia idiota acabar, deste cinismo midiático ser desmascarado. O que o Flamengo tem a reclamar em todos os anos citados sobre arbitragem? Um prejuízo? Dois?

O rubro-negro é de forma deslavada, indecente, inquestionável, comprovada, sabida por todos, ajudado sistematicamente, ano após ano, como foi também no ano passado, contra Fluminense, contra outros adversários chamados pequenos, contra o Vasco, mas o discurso não muda. São oposição desde 1986 à FFERJ e colecionam uma série de títulos com ajuda do garfo, com ajuda da imprensa, que os põem como coitadinhos diante da malvada Federação, do malvado chefe da Comissão de Arbitragem, do malvado árbitro, do malvado bandeira, mas só se beneficiam.

E no meio disso tudo surge um cidadão que supostamente vai pôr os pingos nos is e borra toda a escrita, sem elucidar o público do que foi cometido contra o Vasco, por exemplo (exemplo simples) no ano passado. Volta a 2010, mas para por ali. Se envereda pelo mantra da mídia, atrelando prejuízos e benefícios de arbitragem ao presidente vascaíno, mas curiosamente usa mais exemplos de quando Eurico Miranda não era presidente nem dirigente do Vasco e deixa de usá-los num espaço de 22 anos e meio anteriores à sua saída em 2008. E olha que o aqui mencionado, de 2008 para baixo, se refere somente a Campeonatos Cariocas.

Se o nobre colunista não tem conhecimento aprofundado do assunto é melhor não o abordar para além do que vê neste ano. Querer sair fazendo comparações e passar por cima do que fizeram com o Vasco no ano passado pega mal. Muito mal. Para quem é Vasco, obviamente (e torce a favor).

A briga na FFERJ é, foi e sempre será feia. Ganha-se aqui, perde-se ali, mas é melhor ter maioria. É evidentemente melhor. Flamengo e Fluminense não conseguem essa maioria porque querem que os pequenos se danem. O Vasco vai pelo caminho inverso, que aliás tem tudo a ver com sua história não elitista, não preconceituosa, não segregacionista. Mas isso não impede erros e acertos de árbitro, bandeira, fiscais de linha, etc… e todo o choro rubro-negro, aliado aos venenos soltos mídia afora influenciam sim nas performances dos que decidem um lance, um jogo, uma vaga, uma taça, um campeonato.

Falar sem conhecimento de causa dá nisso. Uma análise medíocre de um assunto no qual o Vasco historicamente é vítima, foi vítima ano passado e em tantos anos nos quais o personagem atrelado ao texto sofreu na pele (como todos os vascaínos) com erros dos mais diversos contra o nosso clube, ficando, claro, com a culpa, a cada derrota ou objetivo não alcançado, por mais de duas décadas.

Casaca!

Fonte: Casaca