Clubes e FFERJ aguardam cassação de liminar e apostam no Engenhão como local de Urubu x Vasco

Terça-feira, 21/02/2017 - 17:54
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Assessoria da Ferj avisa que será somente um pronunciamento, sem perguntas.

Rubens Lopes: "Todos estão cientes da dificuldade que estamos enfrentando com a decisão judicial. Um assunto que afeta a todos. Fizemos um reunião com os quatro grandes clubes, mais o Madureira. Convidamos também representantes das associações de torcidas organizadas dos quatro grandes clubes. Vieram representantes de torcidas de Fla e Botafogo".

Rubens Lopes: "De uma forma unânime, todos discordam do posicionamento, embora sejam obrigados a cumprir, da torcida única. Entendendo que dentro do estádio a violência é insignificante, o problema todo é fora do estádio".

Bandeira de Mello: "Todos nós somos absolutamente contrários à implantação da torcida única. Assinamos um documento pedindo ao juiz, com fundamentos, que reconsidere essa decisão. Embasado em contatos com o policiamento, entendemos que podemos realizar o jogo no Engenhão com as torcidas de Fla e Vasco".

Bandeira de Mello: "Agora esse pedido de reconsideração, na medida em que o fazemos, isso nos dá uma responsabilidade muito grande. Porque estamos praticamente endossando uma posição de que não haverá violência como vinha acontecendo"

Bandeira de Mello: "Então estamos aqui unidos para fazer um apelo dramático. Somos adversários no campo, não somos inimigos, entendemos que um precisa do outro, e que as torcidas podem conviver em paz. Torcedores de Vasco, Fla, Botafogo, Flu podem se encontrar fora do estádio sem problemas".

Bandeira de Mello: "Se queremos reverter essa decisão, isso dá a todos nós a responsabilidade de lutar por isso. Pela paz nos estádios, pela harmonia. Queremos inaugurar a partir de hoje uma nova era. Vamos continuar com as brincadeiras, rivalidade saudável, mas sem selvageria. Defendemos a punição dos criminosos, mas os clubes não têm nenhuma responsabilidade além dessa que estamos assumindo".

Pedro Abad: "Naturalmente corroboro as palavras do presidente Bandeira, e a partir do momento que a gente admite que dois seres humanos que torcem por times diferentes não podem conviver no mesmo lugar, a gente percebe a falência da sociedade. E o governo, colocando a torcida única, a falência do estado".

Pedro Abad: "A gente tinha zonas mistas até. Se um grupo consegue, não é possível que a gente não consiga replicar. A punição tem de ser a pessoa física, como o Bandeira disse. Faço de novo um apelo às autoridades que pensem com carinho na cultura do futebol. Era comum a gente descer a rampa da arquibancada separados por pilastras. Fica aqui o apelo que ponham a mão na consciência".

Eurico Miranda: "Resumindo e objetivamente é o seguinte, estamos esperando a reversão, ou a reconsideração de uma decisão que foi tomada em relação à torcida única. O que está sendo apresentado por parte da PM é que dará total garantia com duas torcidas. Acho que o magistrado pode reconsiderar e vamos esperar até o último minuto".

Eurico Miranda: "Consequência disso: se estamos aqui unânimes, a verdade é que se assume uma responsabilidade grande. Como presidentes de clubes de massa, temos obrigação de fazer um apelo aos nossos torcedores. A grande diferença do futebol do Rio é termos quatro grandes torcidas e a organizada faz a festa na arquibancada. Sou do tempo que estava rolando jogo, e tinha gente olhando a festa"

Eurico Miranda: "Que volte essa época, a convivência. A rivalidade não tem nada a ver com violência. Eu acho que o futebol não pode prescindir da organizada, mas se tem meia dúzia infiltrados, que o caso deles não é torcer, é outro caso, que criminalize, penalize essas pessoas, e a própria torcida organizada expurgue essas pessoas".

Eurico Miranda: "Que não acabe a provocação, que não acabe o canto, mas que tenha paz. Para que o torcedor em geral não seja penalizado. Uma decisão dessas penaliza todos os torcedores. Como se todo torcedor fosse bandido. Se tem meia dúzia de bandidos, que se identifique e puna. A torcida tem de expurgar esses elementos".

Eurico Miranda: "A torcida tem de fazer sua festa, que faz como ninguém. Isso precisa voltar. Estamos esperando até o último minuto a reversão, que seria uma reconsideração da medida que foi tomada. Tenho certeza que isso vai acontecer e sábado estaremos jogando no Engenhão".

Rubens Lopes: "A expectativa é de que o magistrado reconsidere. Vamos aguardar o resultado até amanhã sem pensar em outros assuntos. Essa é a posição unânime de todos".

Fim do pronunciamento na Ferj.




Fonte: GloboEsporte.com (texto), Reprodução Internet (foto)