Como o
Rei, Baixinho dedica título às
           crianças
pobres e à torcida. Juninho não
           esquece
Oswaldo
           SÃO
PAULO - Autor de três gols na conquista inédita e histórica
           de ontem,
o artilheiro Romário dedicou o título da Copa Mercosul
           à
torcida do Vasco e – assim como Pelé fez ao marcar seu
           milésimo
gol – também às crianças carentes do Brasil.
           “Disputamos
outras finais este ano e não vencemos. Era a hora
           de dar
alegria aos vascaínos. As crianças pobres e carentes do
           Brasil
também merecem esse título. Que elas tenham um Natal
           muito
feliz e um futuro distante da marginalidade”, afirmou o
           goleador
vascaíno.
           Já
o apoiador Juninho se lembrou de Oswaldo de Oliveira,
           técnico
demitido pelo vice de futebol, Eurico Miranda, após o
           empate
em 2 a 2 com o Cruzeiro, em São Januário, no sábado
           passado.
“A minha participação na conquista desse título eu
           dedico
ao Oswaldo de Oliveira, que merecia estar aqui conosco,
           agora,
neste momento de intensa felicidade para os vascaínos”,
           destacou
Juninho.
           Para Romário,
Oswaldo foi um dos quatro melhores treinadores
           com que
ele trabalhou ao longo de sua carreira. “O Oswaldo é
           uma pessoa
que aprendi a respeitar e a admirar. A Copa
           Mercosul
deste ano é um dos títulos mais importantes de minha
           carreira”,
disse o Baixinho, que falou do discurso que fez para os
           companheiros,
no intervalo. “Eu falei para o pessoal que nosso
           time era
melhor que o do Palmeiras. E que, se eles haviam feito
           três
gols no primeiro tempo, nós tínhamos condição
de fazer
           mais do
que três no segundo. E fizemos”.
           Os jogadores
do Vasco lembraram do pacto no vestiário, no
           intervalo,
quando o time perdia de 3 a 0. “Nós nos
           comprometemos
a lutar até o fim, com muita garra. Mesmo que
           perdêssemos
por cinco ou seis a zero. Mas não podíamos ser
           omissos
e deixar o Vasco sucumbir diante do time do Palmeiras.
           Somos
homens, pais de famílias, tínhamos de honrar nosso
           nome”,
destacou Euller.
           O técnico
Joel Santana não quis revelar o teor da conversa que
           teve com
os jogadores no vestiário, no intervalo. “Isso é
           conversa
de bastidores, não posso revelar. Perdemos um
           zagueiro,
ficamos com menos um jogador na partida, mas não
           nos acovardamos”,
ressaltou Joel. O treinador, agora, fala em
           conquistar
a Copa João Havelange. “Vamos partir para cima do
           Cruzeiro,
com vigor renovado. O Vasco mostrou que é capaz de
           superar
qualquer obstáculo”, ressaltou Joel.
           Romário,
na saída do vestiário, ainda destacou a importância
de
           Viola
na partida de ontem. “O Viola entrou e mudou tudo. Ele foi
           fundamental
para a conquista da Mercosul”, lembrou. Viola ficou
           desconcertado
diante dos elogios do companheiro. “Esse título
           não
é meu, não é do Romário nem de nenhum jogador
em
           especial.
É do Vasco e de sua torcida”, completou Viola.